Das mini-redes a uma mini-internet para escolas zimbabuenses
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Das mini-redes a uma mini-internet para escolas zimbabuenses
Sobre
Supõe-se que a maioria das crianças da atual geração cresça com a internet e aprenda com a sua diversidade de recursos educacionais. Até mesmo no Zimbabué, onde apenas 30% da população está conectada, o currículo nacional pede agora aos estudantes que façam a sua própria pesquisa e procurem informação online. Mas para muitos estudantes rurais, uma visita ao Wikipedia é um sonho virtual: as suas escolas não só não disponibilizam internet, como também não têm eletricidade para sequer ligar um computador.
Esta era a realidade com a qual o fundador da Regain37 se deparava quando regressou ao seu país natal vindo de uma carreira no setor da tecnologia no estrangeiro. A sua esperança era proporcionar o acesso à internet às escolas desfavorecidas, mas rapidamente se apercebeu da magnitude do fosso digital aqui. Por isso, a Regain37 está a experimentar um modelo mais personalizado: um modelo no qual um painel solar instalado em cada escola alimenta um servidor educacional personalizado. Este sistema funciona como uma mini-internet e está repleto de sites educacionais, ferramentas e vídeos de aprendizagem.
Embora a instalação solar também possa alimentar a iluminação, a importância desta é secundária quando as aulas se realizam durante o dia. O seu real valor é proporcionar aos estudantes melhores oportunidades de aprendizagem e uma oportunidade de adquirir competências a navegar uma infraestrutura virtual – ativos educacionais que a maioria de nós toma como garantidos. A Regain37 também se encontra a agrupar computadores portáteis para sala de aula, projetores e quadros conectados ou a ajudar a reparar equipamento avariado inativo em algumas escolas. O pacote completo está disponível para as escolas em períodos de pagamento com base na utilização (“pay-as-you-use”) e é tipicamente abrangido pela família de cada estudante que paga uma taxa escolar suplementar inferior a 1 € por período.
O nosso apoio
Com um preço acessível para escolas e famílias, o modelo já está a gerar retornos sustentáveis para a Regain37. Estão preparados para o investimento para alcançarem muitas mais escolas – mas a situação macroeconómica do Zimbabué tem efeito dissuasivo para os investidores. Os fundos para aumentar a dimensão do negócio terão provavelmente de provir do exterior do país e a angariação destes é um desafio perante o qual a Regain37 necessita de ajuda.
A Regain37 ouviu falar do Finance Catalyst do GET.invest através de um contacto na Alliance for Rural Electrification (ARE – Aliança para Eletrificação Rural) e a adaptação foi natural, dada a base alimentada com energias renováveis do modelo. O apoio do Finance Catalyst é contínuo e girou essencialmente em torno de dizer a verdade: o consultor ajudou com uma proposta de negócio, um pitch deck e um modelo financeiro para fins de qualificação bancária, desenvolvendo a estrutura ideal do financiamento da dívida para crescimento.
Em vez de procurar investidores com um foco principal na educação, o GET.invest parte de um ângulo diferente: procurar investidores no impacto das energias renováveis que pretendam apoiar a utilização produtiva. A categoria de utilização produtiva inclui mais frequentemente atividades como refrigeração, moagem e irrigação, mas a estratégia da Regain37 é diferente no seu impacto: é uma forma direta de capacitar a próxima geração de estudantes com um elemento em falta para a vida digital.
O resultado
O Finance Catalyst do GET.invest apresentou a Regain37 a quatro investidores promissores até à data e está a aguardar uma conclusão financeira. Entretanto, a empresa instalou os seus sistemas em 67 escolas e tem a meta ambiciosa de fazê-lo em mais centenas delas. Uma das primeiras escolas a instalar um sistema é, na verdade, aquela que o fundador da Regain37 frequentou quando era criança. Coincidentemente, o consultor do Finance Catalyst que trabalha com a empresa também cresceu na área, pelo que o conhecimento local é sólido na equipa.
Agora, quando as crianças saírem desta e de outras escolas com servidores educacionais alimentados a energia solar, saberão valorizar a internet que irão necessitar na formação superior. À medida que os professores tornam a aprendizagem mais digital e mais interativa, a Regain37 também monitorizou as melhorias nas taxas de aprovação – as quais são tipicamente muito baixas antes da instalação dos sistemas.
As ferramentas digitais que tornam este projeto possível incluem os pilares de aprendizagem na internet como a Escola Primária UNESCO, a Khan Academy e a Wikipedia, as quais são já fornecidas pré-carregadas em cada servidor. Embora se tratem de amplos recursos em língua inglesa, a Regain37 também está atenta àquilo que os estudantes podem obter de conteúdos locais pertinentes para estes. Começaram a trabalhar com autores locais e a criar romances, histórias e outros conteúdos para os servidores nas línguas vernaculares do Zimbabué. Com este próximo passo, as crianças irão adquirir uma plataforma relevante para leitura que estabelece ligação às suas próprias vidas e suscita a sua criatividade – tudo isso com a energia do sol.
Isenção de responsabilidade: Esta história foi atualizada pela última vez em setembro de 2023.